Meu ideal para São Paulo

São Paulo é a maior cidade da América Latina, é inadmissível que ela também não seja a melhor. Como futura vereadora, dediquei tempo para estudar, viajar e pesquisar soluções eficazes que possam transformar nossa cidade em um exemplo de excelência e qualidade de vida. Minhas propostas foram elaboradas com seriedade e comprometimento, sempre com foco nas reais necessidades dos paulistanos.

Projeto Nova York

Uma das grandes burocracias da cidade é a chamada Lei da Cidade Limpa, uma vez que ficou defasada ao restringir os telões luminosos na capital, algo na contramão de outras grandes metrópoles mundiais, como Nova York e Tóquio. São Paulo perde em arrecadação e segurança com essa proibição. Nos moldes do que existe na Times Square, defendo a permissão de instalação de telões luminosos pela cidade, permitindo assim investimentos em publicidade nos espaços públicos e transformação da paisagem em iluminação, com consequente sensação de segurança, aumentando o trânsito de pessoas e inibindo atuações criminosas nos pontos mais críticos da cidade. Defendo a revogação de disposições inúteis. Entendo que a Lei de Zoneamento deve ser flexibilizada e que a fiscalização da zeladoria deve ser intensificada. São medidas efetivas em prol da população. Em São Paulo, há diversos absurdos urbanísticos que ocorrem por força da lei. Por isso, em muitos lugares se deve ter recuo, além de não ser permitida a instalação de comércio acessível ao público. São Paulo deve ser a nova Buenos Aires, e desencadear uma boa parte de desburocratização quanto ao Zoneamento da cidade.

Ao combinar comércio no térreo e moradia nos andares superiores de prédios em diversas áreas da cidade, podemos transformar os espaços urbanos de São Paulo em ambientes mais dinâmicos, seguros e economicamente sustentáveis. Essa configuração aumenta a presença de pessoas nas ruas em diferentes horários, promovendo a vigilância natural e, consequentemente, reduzindo a criminalidade. Além disso, o comércio de proximidade facilita o dia a dia dos moradores, criando comunidades mais integradas e valorizando o entorno. Ao estimular o uso misto, também promoveremos a eficiência no uso do solo urbano, contribuindo para a redução do deslocamento em grandes distâncias e incentivando o comércio local. Isso fortalece as economias de bairro e cria oportunidades para pequenos empreendedores, ao mesmo tempo em que melhora a qualidade de vida dos cidadãos, oferecendo conveniência e segurança. A proposta busca transformar São Paulo em uma cidade mais humana, vibrante e sustentável.

Inspirada nos exemplos bem-sucedidos de Buenos Aires, proponho a ocupação dos espaços sob viadutos e pontes em São Paulo, transformando áreas atualmente subutilizadas ou degradadas em polos vibrantes de comércio e lazer. A ideia é replicar o modelo portenho, onde espaços antes desocupados se tornaram locais prósperos, com restaurantes, lojas e áreas de convivência. Este projeto não tem caráter higienista, pois reconhece que as pessoas em situação de rua merecem dignidade e moradia adequada. A transformação desses espaços não apenas promoverá o comércio e o turismo local, mas também contribuirá para a revitalização urbana, oferecendo alternativas dignas para aqueles que atualmente ocupam essas áreas.

São Paulo possui mais de 4 mil imóveis tombados, muitos dos quais estão em estado de abandono ou subutilização. Proponho uma revisão criteriosa e a flexibilização das normas de tombamento para incentivar o uso retrofit desses imóveis, evitando invasões e impulsionando a revitalização urbana. Inspirada nas práticas de designação histórica adotadas em outras grandes cidades, como Nova York, essa proposta busca equilibrar a preservação do patrimônio histórico com as necessidades contemporâneas de desenvolvimento.

Segurança

É necessário dar um basta em toda a criminalidade que assombra a cidade de São Paulo e que registra o preocupante e assustador número de 300 mil casos de roubos e furtos por ano, ofuscando os casos de homicídio. São mais de 600 mil ocorrências registradas de acordo com os dados de 2023.  Proponho que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) passe a ser reconhecida e a se chamar polícia da cidade ou municipal, e que haja mais investimentos, não só em seu efetivo, mas especialmente no centro de formação. Uma proporção adequada de policiais municipais para a população de São Paulo de 11,4 milhões de habitantes é de um efetivo que gire em torno de 23 mil. Com isso, precisamos mais que dobrar o número desses protetores, considerando que hoje estamos no número precário de 7 mil GCMs. Contudo, não basta incorporar, é fundamental investir na formação. Segurança pública é o principal ponto de carência da cidade mais rica do país. O caixa da cidade é capaz de promover o aumento da ativa dos nossos policiais municipais, todavia, é relevante notar que a Secretaria de Segurança Urbana de São Paulo opera com um orçamento limitado, representando pouco mais de 1% da receita total do município. Além disso, esse orçamento é compartilhado com outros setores, o que pode impactar a capacidade de resposta e prevenção de crimes na cidade. Precisamos de uma polícia municipal bem alocada, atuando mais de perto em espaços escolares e de vizinhança, poupando assim a PM para casos mais complexos. Defendo que a ronda escolar volte a acontecer como deveria, pois é fundamental que a polícia municipal esteja prontamente na segurança dos alunos e no combate às drogas. Neste eixo, proponho a volta da Ronda Ostensiva Municipal (ROMU) – extinta pela gestão petista – que significa especialidade, direcionamento eficaz e fortalecimento da segurança para a população. No mais, proponho que o cidadão que necessite registrar um boletim de ocorrência via Delegacia Eletrônica possa fazê-lo também numa Inspetoria Regional da Guarda Municipal mais próxima de onde estiver, com seus agentes devidamente treinados e orientados, condicionado à apreciação posterior pela autoridade policial competente. O cidadão deve ganhar essa ampliação sobre registro de boletim de ocorrência para além do Distrito Policial, considerando que nem sempre é exitoso quando feito, alternativamente, pela internet, por falta de auxílio material e/ou intelectual.

Hoje, devido à crise da Cracolândia, já é possível estimar a existência de mais de 1.343 usuários de drogas, enquanto há apenas 39 leitos para tratamento prolongado disponíveis para os dependentes. É impossível resolver a violência, as cenas abertas de uso de drogas, roubos e furtos sem mudanças estruturais em áreas abandonadas e alterações nas leis de zoneamento e no plano diretor. No meu mandato, atuarei para recuperar a dignidade dessas pessoas, sem receio de expor ações concretas. Também, junto ao deputado federal Kim Kataguiri, investirei na vacina contra o crack e em pesquisas correlatas. A vacina, atualmente desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), já foi premiada internacionalmente. No mais, defenderei a internação compulsória dos dependentes químicos para assegurar o direito à vida, combatendo a cultura das drogas que sobrepõe os direitos humanos. A internação voluntária será oferecida àqueles que buscarem ajuda por meio de programas municipais de acolhimento. Proponho que pessoas viciadas em drogas sejam levadas para um espaço distante da vida urbana para serem tratadas. O isolamento compulsório pode ser justificado como uma medida extrema, mas necessária, para um indivíduo que não está mais em pleno exercício das suas garantias e direitos de liberdade. Trata-se de uma proteção tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. A dependência química frequentemente leva a comportamentos autodestrutivos e perigosos, e muitos dependentes não buscam tratamento voluntariamente devido à negação ou incapacidade de tomar decisões racionais. O isolamento compulsório garante que esses indivíduos recebam o tratamento necessário, retirando-os de ambientes que alimentam o vício, e diminuindo o impacto social e econômico do uso de drogas. Além disso, essa medida pode aliviar o sofrimento das famílias e comunidades afetadas, assegurando o direito à saúde e a oportunidade de reabilitação. Com o objetivo de encontrar alternativas para os leitos de tratamento prolongado, incentivarei o investimento e a participação popular, além de buscar o apoio da iniciativa privada. Para isso, proponho uma redução no IPTU para cidadãos e empresas de São Paulo que optarem por investir nos fundos sociais municipais.

Mobilidade

O transporte por aplicativos, como Uber e 99, tornou-se uma ferramenta indispensável para a mobilidade urbana em São Paulo, atendendo milhões de paulistanos diariamente. Esses motoristas desempenham um papel crucial na facilitação do deslocamento, especialmente em uma cidade onde o transporte público enfrenta desafios constantes, como superlotação e atrasos. Além disso, a geração de empregos proporcionada por esse setor é de grande relevância econômica, sustentando inúmeras famílias e oferecendo uma alternativa de renda em tempos de instabilidade.

No entanto, a imposição da multa por rodízio de veículos a esses motoristas configura uma penalidade desproporcional e injusta. Diferente de outros motoristas, os profissionais de aplicativos dependem de seus veículos para garantir seu sustento diário. Impedí-los de trabalhar em determinados dias não apenas compromete suas rendas, mas também limita o acesso da população a um serviço essencial. Portanto, é imperativo que se reveja essa política, isentando os motoristas de aplicativo da multa por rodízio, bem como a liberação da faixa de ônibus e as vagas exclusivas para taxistas, desde que comprovado um tempo mínimo de trabalho do motorista.

Lombada eletrônica 

Lutarei pela substituição de todos os radares fixos por lombadas eletrônicas. O objetivo é eliminar o caráter arrecadatório do governo por meio das multas de trânsito. O intuito dos radares deveria ser educativo e não simplesmente punitivo. Cabe o entendimento que nem todos os radares possam ser substituídos por questões de espaço físico, de todo modo, os que forem possíveis deverão ser substituídos

Patinete elétrico

Proponho o fim das regras que inviabilizaram o uso de patinete pela cidade como a obrigatoriedade do capacete com multa para a empresa, bem como a proibição do estacionamento de patinete na calçada. Por segurança manteria a divisão entre os espaços de pedestre e as ciclofaixas utilizadas por bicicletas. Essas ações buscam o retorno dos aplicativos e o desenvolvimento de um ambiente favorável para que empresas privadas voltem a investir nesse benefício social e modal sustentável de transporte.

Educação

A gestão municipal tem a honra de poder gerir os primeiros anos de ensino das crianças paulistanas, porém um problema que se agravou com a pandemia e vem se intensificando aos longo dos anos é a evasão escolar. Por isso, defendo a continuidade do uso da estrutura das escolas aos finais de semana, com atividades não só para as crianças, mas para toda a família, onde serão oferecidos cursos extracurriculares, dessa forma teremos o desenvolvimento do senso de pertencimento e a união do aluno e escola, integração de jogos, lazer e reforço aos finais de semana.

De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, em julho de 2023, 70,7% das famílias, na cidade de São Paulo, estavam endividadas. Esse alto índice de endividamento reflete uma falta de educação financeira desde a infância, contribuindo para uma gestão inadequada das finanças pessoais na vida adulta. Para reduzir esse índice alarmante, proponho dar continuidade ao projeto do Deputado Estadual Guto Zacarias, implementando a Educação Financeira na rede municipal de ensino, começando com crianças a partir dos seis anos. O objetivo é proporcionar um conhecimento básico sobre valores e finanças desde cedo, incrementando a complexidade do conteúdo conforme a faixa etária dos alunos.  Para alcançar esse objetivo, os professores da rede pública municipal serão capacitados para ministrar os temas de educação financeira, adaptando o conteúdo às estratégias educacionais e características socioculturais de cada unidade escolar. O programa terá início com conceitos básicos de valores e finanças para crianças a partir dos seis anos, aumentando gradualmente a dificuldade e profundidade do conhecimento de acordo com a idade dos alunos. Através dessa abordagem, as crianças desenvolverão habilidades para administrar sua renda no futuro, reduzindo a probabilidade de endividamento e promovendo uma cultura de responsabilidade financeira. Com a implementação da Educação Financeira na rede municipal de ensino, teremos a oportunidade de formar cidadãos mais conscientes e preparados para gerir suas finanças, contribuindo significativamente para a redução do índice de endividamento em São Paulo.

Nos anos 1990, era prática comum que dentistas fossem integrados às escolas como parte das políticas públicas de saúde, assegurando que todas as crianças tivessem acesso a cuidados básicos de saúde e à prevenção de doenças. Essa iniciativa desempenhava um papel crucial na formação de hábitos saudáveis desde a infância. Reconhecendo a eficácia dessa medida, proponho a reintrodução nas escolas municipais. A saúde começa pela boca, e, com isso em mente, pretendo implementar um projeto onde dentistas farão visitas regulares às escolas, realizando atividades educativas e interativas que ensinem a importância da higiene bucal. Além disso, serão distribuídos kits de escovação com o objetivo de prevenir cáries e outras doenças bucais desde cedo. Trata-se de um resgate de prática comprovadamente eficiente, reforçando o compromisso com a saúde e o bem-estar de nossas crianças, garantindo um futuro mais saudável para toda a comunidade.

Inspirado em iniciativas bem-sucedidas, como a da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, tenho como objetivo incentivar e reconhecer os melhores alunos da rede municipal de ensino, por meio do Programa Sonho Grande, de iniciativa do plano de governo do Deputado Federal Kim Kataguiri. Para além de símbolos de distinção, pretendo premiar o notável desempenho acadêmico com grandes experiências. Quero proporcionar aos estudantes vivências enriquecedoras, como visitas à NASA e/ou à Disney, e oferecer aos alunos destacados os equipamentos que auxiliem na utilização das modernidades tecnológicas educacionais. Atualmente, além da burocracia da gestão escolar, não há incentivos nem reconhecimento para alunos excepcionais, inteligentes ou esforçados, resultando em um grande desperdício de talento, portanto, é essencial estabelecer esse tipo de incentivo. Além disso, proponho visitas escolares a grandes empresas, como o Google ou a XP, e a locais públicos, como a Assembleia Legislativa ou a Câmara dos Vereadores de São Paulo. Dessa forma, os alunos poderão ver na prática como funciona o âmbito político da cidade, além de ajudá-los a pensar e idealizar um futuro trabalhando nessas grandes empresas.

Proponho incentivar o cenário esportivo escolar com a adoção de atletas competitivos por empresas privadas. Através dessa parceria, os alunos mais dedicados e habilidosos nos esportes terão a oportunidade de serem reconhecidos e recompensados por seu talento e empenho. Empresas privadas poderão oferecer bolsas de estudo e patrocínios, garantindo que esses jovens atletas tenham os recursos necessários para se desenvolverem plenamente.  Essa iniciativa não apenas valoriza o talento individual, mas também cria um ciclo de motivação contínua, onde outros estudantes se inspiram a se dedicar mais aos esportes, sabendo que há um reconhecimento tangível para aqueles que se destacam. Além disso, essa abordagem promove uma maior integração entre as escolas e a comunidade, fortalecendo o espírito de equipe e o engajamento coletivo.  Com o apoio dessas empresas, será possível organizar mais competições esportivas nas escolas municipais, oferecendo aos estudantes um ambiente regular e estruturado para a prática de esportes. Essas competições não apenas estimularão a prática esportiva, mas também poderão revelar novos talentos e promover uma cultura de saúde e bem-estar entre os jovens. Além disso, criamos uma ponte entre a educação e o mercado de trabalho, preparando os jovens não só para uma carreira esportiva, mas também para o futuro profissional em outras áreas, ao instigar valores como disciplina, trabalho em equipe e perseverança. Dessa forma, contribuímos para a formação integral dos estudantes, promovendo o desenvolvimento de cidadãos mais completos e preparados para os desafios da vida adulta.

A educação para alunos autistas e portadores de deficiência foi implementada pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) em 2003, com espaços de acolhimento para ajudar no aprendizado dos alunos e para que os demais estudantes aprendam a conviver com as diferenças de forma natural, desenvolvendo atitudes de cooperação, respeito e paciência. No entanto, ainda há um grande problema atualmente: os professores não são capacitados para lidar com a individualidade de cada aluno. Por isso, proponho que seja oferecido um curso de capacitação para que os professores das escolas municipais desenvolvam as habilidades necessárias para lidar com a individualidade de cada aluno autista ou com deficiência. Dessa forma, a inclusão em sala de aula será mais eficaz e proveitosa.

SAÚDE

Um dos grandes problemas na área da saúde em nossa cidade são as filas de atendimento. Inegavelmente, a demora por uma consulta médica é algo presente na vida do paulistano que depende do SUS. Por isso, precisamos otimizar os processos de gestão, melhorando a fila e a comunicação com o usuário. Tenho como proposta a instauração de comunicação via WhatsApp, onde o usuário será informado sua posição da fila, podendo também marcar consultas e receber todo o preparatório para a realização do exame. 

Por este mesmo canal, o usuário poderia tratar sobre outros temas, como poda de árvore, por exemplo. Trata-se, portanto, de uma grande novidade no processo de comunicação com a prefeitura. 

Ainda, pretendo desburocratizar o recebimento de emendas parlamentares por parte de hospitais municipais filantrópicos, como o caso da AACD, que não consegue aproveitar os recursos dos vereadores por causa de uma lei. Também quanto à desburocratização na saúde, defendo a triagem eletrônica, de forma que um aparelho já consegue aferir temperatura e pressão dos pacientes, fazendo com que médicos e enfermeiros se dediquem ao raciocínio clínico e redirecionem seu tempo. 

As UBSs precisam ser completas. Considerando que a saúde começa pela boca, é necessário ter dentistas e nutricionistas em todas as UBSs, prevenindo doenças que provêm da falta de higiene bucal e de má alimentação.  Também é inacreditável que no século da depressão e ansiedade não se tenha psicólogos capacitados em todas as UBSs. 

Outros pontos que merecem atenção na área da saúde são o aumento da realização de corujões, com intuito de zerar as filas de atendimento e de cirurgias, além de investir em saúde preventiva, incluindo atendimentos básicos na área de nutrição e odontologia, e a implementação completa do prontuário eletrônico. 

CAUSA ANIMAL

A cidade de São Paulo registra atualmente 1,8 milhão de cães e 810 mil gatos. Estima-se que há aproximadamente 2 milhões de animais abandonados nas ruas da cidade. Em consequência disso, um casal de cães pode gerar até 80 milhões de descendentes ao longo de várias gerações. Por isso, luto por soluções para a causa animal que gerem efeitos a longo prazo. A diminuição do número de cães e gatos abandonados também é uma questão de saúde pública. Entendo que o mapeamento da cidade para um plano de castração efetivo é essencial, com a implantação de castramóvel em diversas regiões, próximo às pessoas que não podem depender de transportes para deslocar os animais. Quando falamos de animais abandonados, falamos também de zoonoses (doenças), atropelamentos e uma série de problemas sociais. Devido a um programa nacional, a Holanda foi o primeiro país a não ter mais cachorros nas ruas. Desejo para a cidade de São Paulo políticas públicas similares às de países desenvolvidos, inclusive com incentivo à adoção. A adoção responsável também é um ponto de relevância. A microchipagem para identificação de cães e gatos abandonados e vítimas de maus-tratos é fundamental para implantar uma adoção responsável, permitindo que o governo possa identificar e responsabilizar indivíduos que agem de forma negligente com os animais. Atualmente a cidade de São Paulo possui uma lei que proíbe feiras de adoção em praças e vias públicas, trabalharei para a revogação desta lei, a fim de que se permita a realização de feiras de adoção em vias públicas, praças e parques, criando oportunidades para que esses animais encontrem um lar e, ao mesmo tempo, liberando espaço para o resgate de outros animais em situação de abandono.

OUTROS IDEAIS PARA SÃO PAULO

A cidade de São Paulo possui uma estrutura gigantesca e extremamente engessada. São mais de 100 entidades, entre secretarias, subprefeituras, órgãos e empresas públicas, fundos e comitês, que custam mais de R$126,7 bilhões ao bolso dos cidadãos paulistas todos os anos. Defendo a união de várias secretarias e a extinção de fundos e conselhos inúteis, como por exemplo a união da Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, e a extinção do fundo de Direito à Memória e à Verdade, considerando inclusive que outros setores precisam de mais investimentos, como é o caso da segurança pública. Quanto mais eficiente for a máquina pública, menos dor de cabeça terá o cidadão.

É inadmissível que o poder público viole a educação familiar promovendo eventos com teor sexual. A moral e os bons costumes devem ser preservados, especialmente pelo ente responsável por políticas públicas e sociais, pagas com o dinheiro da população, que tem o direito de usufruir dos ambientes públicos com qualidade e neutralidade, sem imposições conceituais deturpadas. Junto ao deputado estadual Guto Zacarias, que já possui o projeto de lei nº 963/2023, defendo que a Prefeitura seja proibida de investir dinheiro público na contratação de shows ou eventos com teor sexual explícito.

O Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) é um tributo que incide sobre a transferência de propriedades em São Paulo, sendo pago pelo comprador do imóvel. Calculado com base no valor venal ou no valor de transação do imóvel, prevalecendo o maior valor, a alíquota do ITBI em São Paulo é geralmente de 3%. Esse imposto é um obstáculo para o mercado imobiliário, ao aumentar os custos de transação e dificultar a movimentação de propriedades.  Proponho a extinção desse imposto para facilitar a compra e venda de imóveis, tornando o mercado mais acessível e dinâmico. Com a redução dos custos de transação, será possível estimular o investimento em imóveis e gerar novos empregos no setor. Um mercado imobiliário mais aquecido ajudará a atrair novos investimentos para a cidade.

São Paulo enfrenta rigorosas regulamentações para qualquer intervenção em mais de 4 mil imóveis tombados e para mais de 370 mil famílias vivendo em moradias precárias. Proponho eliminar a burocracia nas leis municipais, pois sem a flexibilização dessas regras, alinhada ao plano diretor e à ocupação do centro, é quase impossível resolver os problemas habitacionais. Lutarei junto ao deputado estadual Guto Zacarias e o deputado federal Kim Kataguiri, pela realização de uma catalogação dos bens imóveis do município, mapeando propriedades para identificar se pertencem à União, ao Estado ou ao Município. Isso permitirá uma melhor articulação na identificação de vazios urbanos e na manutenção de prédios vazios ou invadidos, que poderiam ser destinados à moradia para pessoas que vivem nas ruas ou em condições precárias.

Requisitos éticos e transparentes devem ser cumpridos por empresas que desejam prestar serviço à administração pública. Defendo uma atuação no combate à corrupção nas obras públicas através de seguro-garantia, elevando o padrão de gestão da administração pública a níveis confiáveis e reconhecidos. Este modelo, já aplicado em outros países, com destaque para os Estados Unidos, mitiga o atraso na entrega das obras e certifica que o serviço atenda a requisitos pré-definidos, como qualidade dos materiais e insumos, e, principalmente, o valor gasto com a obra. O objetivo é diminuir os riscos para a administração pública, pois no final, quem paga a conta é o cidadão paulista. De acordo com a Lei de Licitações, já se pode contar com seguro em obras públicas. A ideia é regulamentar, em nível municipal, de forma que as obras públicas realizadas em São Paulo já tenham a adesão do seguro como requisito obrigatório especificado no edital de licitação.

A geração de emprego e renda é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento sustentável de São Paulo. Para alcançar esse objetivo, é imprescindível criar um ambiente favorável para as empresas, proporcionando boas condições de operação, além de investir na formação de uma mão de obra altamente qualificada.

Inspirando-se no sucesso do Porto Digital, que transformou o Recife em um dos maiores polos tecnológicos do Brasil, nosso plano é incentivar a criação de um polo tecnológico em São Paulo. Este polo será um espaço dinâmico onde empresas de tecnologia poderão encontrar condições vantajosas para se estabelecerem, ao mesmo tempo em que contribuem para a educação e qualificação dos jovens paulistanos. A parceria entre o setor público e privado será fundamental para garantir que essas empresas possam investir diretamente na formação de novos talentos, preparando-os para os desafios do mercado de trabalho moderno.

O Porto Digital de Recife é um polo tecnológico que envolve a concentração de empresas deste setor, bem como a capacitação de mão de obra jovem. Dessa forma, uma região que era praticamente abandonada, se transformou numa referência tecnológica em Pernambuco.

Além disso, seguindo o exemplo de Buenos Aires, que se tornou uma referência na incubação de startups, propomos transformar São Paulo em uma incubadora de inovação. Nossa estratégia inclui a criação de programas de incentivos fiscais e benefícios que estimulem o surgimento de novas empresas e a criação de soluções inovadoras. Ao apoiar startups desde a sua concepção até o crescimento sustentável, pretendemos fazer de São Paulo um centro vibrante de empreendedorismo e tecnologia.

Essas iniciativas serão acompanhadas por políticas públicas que promovam a inclusão digital e o acesso a recursos tecnológicos, garantindo que todos os cidadãos, independentemente de sua condição socioeconômica, possam participar e se beneficiar dessa nova economia digital. Ao fortalecer o ecossistema de inovação e educação, estamos comprometidos em criar um futuro de oportunidades e prosperidade para todos os paulistanos.